segunda-feira, 31 de março de 2008

Líder do Hamas confirma à Sky News que soldado

O líder do movimento radical palestiniano Hamas disse em entrevista à Sky News que vai oferecer a Israel um acordo para ataques exclusivos a alvos militares e que o soldado israelita Gilad Shalit, raptado em 2006, está vivo. Numa entrevista exclusiva concedida ao canal britânico, em Damasco, Khalid Meshaal disse que está a propôr a Israel uma oferta feita pela primeira vez há dez anos. "Renovamos a nossa oferta a Israel, para que os civis de ambas as partes não tomem parte neste conflito", pediu Meshaal. "Voltamos hoje a renovar esta oferta". Meshaal, considerado por Telavive um alvo a abater, indicou que se Israel concordar em deixar de matar civis palestinianos, então o Hamas limitar-se-á a atacar alvos militares israelitas. O líder do Hamas confirmou ainda, pela primeira vez, que o soldado israelita Gilad Shalit, raptado em 2006 e mantido prisioneiro em Gaza, está vivo. "Gilad (Shalit) está vivo e nós estamos a tratar bem dele, mas os prisioneiros palestinianos estão a ser muito mal tratados por Israel". O líder do Hamas pôs ainda em causa as reais dimensões do Holocausto. "Nós não negamos o Holocausto, mas acreditamos que ele foi exagerado pelo movimento sionista para ´picar´ as pessoas" "Nós não negamos o facto, mas não aceitamos duas coisas. Não aceitamos o exagero dos números e não aceitamos que Israel use isso para fazer o que bem entende". Meshaal apelou igualmente ao diálogo com o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas. No Verão do ano passado, o Hamas derrotou pela força a Fatah (partido do Presidente) em Gaza, tendo os palestinianos ficado divididos desde então entre Gaza e a Cisjordânia. "Convidamos Abbas a vir a Gaza para negociações incondicionais. Para conversações sobre as razões da separação e para que possamos voltar a fazer a união de Gaza e da Cisjordânia e resolver o problema da segurança", indicou.

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